Comércio

Grande parte da economia estava organizada a nível central estritamente controlada. Embora os antigos egípcios não utilizassem moedas até a Época Baixa, eles fizeram uso de um sistema de troca de dinheiro, com sacas de grãos com padrão e o deben, um peso de cerca de 91 gramas (3 oz) de cobre ou prata, formando um denominador comum. Os trabalhadores foram pagos com grãos; um simples operário podia ganhar 5½ sacas (250 kg ou 400 lb) de grãos por mês, enquanto um capataz podia ganhar 7½ sacas (250 kg ou 550 lb). Os preços foram fixados em todo o país e registrados e listas para facilitar a negociação, como por exemplo, uma camisa custa cinco deben de cobre, enquanto uma vaca custa 140 deben.  Grãos podiam ser trocados por outras mercadorias, de acordo com a lista de preço fixo. Durante o século V a.C. o dinheiro foi introduzido no Egito por estrangeiros. As primeiras moedas eram usadas como peças padronizadas de metais preciosos e não como dinheiro verdadeiro, mas nos séculos seguintes trocas internacionais passaram a depender das moedas.

Os antigos egípcios estiveram envolvidos no comércio com seus vizinhos estrangeiros para obter mercadorias raras e exóticas não encontradas no Egito. No período pré-dinástico, estabeleceram o comércio com a Núbia para a obtenção de ouro, plumas de avestruz, as peles de leopardo, incenso e marfim.  Eles também estabeleceram o comércio com a Palestina, como evidenciado por jarros de óleos de estilo palestino encontrados nos sepultamentos dos faraós da primeira dinastia.  Uma colônia egípcia estacionada no sul de Canaã data para pouco antes da primeira dinastia.  Narmer havia produzido cerâmica egípcia em Canaã e exportou de volta para o Egito.

O mais tardar pela segunda dinastia, o comércio do Antigo Egito com Biblos rendeu uma fonte crítica de madeira de boa qualidade não encontrada no Egito. Pela quinta dinastia, o comércio com Punt abasteceu o Egito com ouro, resinas aromáticas, ébano, marfim, animais silvestres, como macacos e babuínos.  O Egito realizou comércio com a Anatólia para adquirir quantidades essenciais de estanho bem como para o fornecimento suplementar de cobre, dois metais que são necessários para a fabricação de bronze. Os antigos egípcios valorizaram a pedra azul lápis-lazúli, que tinha de ser importada do distante Afeganistão. Os parceiros do Egito no comércio Mediterrâneo também incluem Creta e a Grécia, que fornecia, entre outras mercadorias, suprimentos de azeite.  Em troca de suas importações de luxo e de matérias-primas, o Egito exportava principalmente grãos, ouro, linho e papiro, além de outros produtos acabados, incluindo objetos de vidro e pedra.


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